Ao entrar Deus te abençoe. Ao sair Maria te acompanhe!

Bem-aventurados são aqueles que tomam suas cruzes e seguem fielmente a Nosso Senhor Jesus Cristo. Como todo bom cristão, somos contra qualquer tipo de agressão a dignidade humana, contra o aborto, a eutanásia, o homossexualismo, contra a opressão e a selvageria do sistema capitalista e o ateísmo diabólico do comunismo, contra os modernismos infundados e o desprezo da tradição católica. Somos a favor da Doutrina Social da Igreja, obedientes às orientações do Santo Padre Bento XVI e completamente entregues à vontade de Deus, crentes que fora da Santa Igreja Católica Apostólica Romana não há nem haverá meios de salvação!

29 de maio de 2011

A devoção Eucarística do Beato Pio IX

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Desde quando era ain­da muito jo­vem, Pio IX distin­guia-se por uma vi­­da de piedade pro­fundamente eu­ca­rística, ou seja, orientada de mo­do integral para a pessoa e o mistério de Jesus Cristo, presente na Eucaristia e na vida da Igreja.

"O contato com Jesus Cristo vivo na Eucaristia", afirma um autor "é o elemento fulcral da vida inte­rior de Pio IX, de cuja fonte brotaram as suas virtudes, a misteriosa energia di­vina que o levou ao heroísmo, hoje reconhecido pe­la Igreja. Duas datas assinalaram o período luminoso da sua inte­rioridade eucarística: a Primeira Comunhão e o 75º aniversário de­la, data esta que ele quis celebrar com solenidade extraor­di­ná­ria, somente cinco dias antes de sua partida para a eternidade. A Eucaristia sempre foi o místico re­fúgio quotidiano do seu espírito, especialmente nos mo­mentos mais difíceis" (Mons. Angelo Me­­ni­cucci, em "Riparazione Eu­ca­ristica", Loreto, agos­to/se­tem­bro de 2000).

Piedade eucarística em todas as suas formas


Ele viveu intensamen­te a pie­­­da­de eucarística, em todas as suas for­mas. Em primeiro lugar, na ce­le­bração diária da Santa Missa, com um fervor inusitado que dei­xava vislumbrar toda a sua fé, na adoração diur­­na e noturna, na sua ca­pe­la particular e nas igre­jas que encontrava ao longo do seu ca­mi­nho, quando saía para passear por Roma, assim como na máxima importância que a­tri­buía à so­lenidade de Corpus Chris­ti, em que participava com o ostensório nas mãos, até mesmo quando era Papa. Pio IX ofereceu uma contribuição singular e di­fi­cilmen­te calculável para a des­co­berta da presença real de Jesus eu­carístico e para a difusão e o reflo­res­ci­men­to da piedade euca­rística, que encontrará o seu ple­no desenvol­vimento nos seus su­cessores, sobretudo em São Pio X.


As testemunhas afirmam que, à noite, o Papa Mas­tai Ferretti des­cia com freqüência, a pé, do Qui­rinal para a Praça de São Silves­tre, e na igreja do mesmo nome presidia à adoração eucarística, com homilia e a bênção solene; de­pois, subia a ladeira e voltava para o Quirinal, acompanhado de multidões de 
crianças que o se­guiam como um simples Pároco da Urbe.

Como Papa, encontrava sempre na Eucaristia o seu conforto espiritual quotidiano e a fonte de energia de que tinha necessidade para libertar o Papado dos vínculos temporais e o devolver aos tem­pos novos com um prestígio re­novado.

Também o Papa precisa ficar a sós com Jesus


Certa vez, disse a duas pessoas que tinha introduzido na sua ca­pela particular: "Também o pobre Papa tem necessidade de estar um pouco a sós com Jesus; tenho tantas coisas a dizer-lhe, tantas luzes a pedir-lhe, tantos conse­lhos e tantas graças!" Depois da adoração, abriu o tabernáculo, mos­­trou dentro da sua pequena porta um magnífico monograma de Jesus, feito de diamantes, e disse: "Aqui deposito aquilo que possuo de mais belo e precioso: tudo por Ele, que é o grande Senhor e Mes­tre". Assumiu os cui­dados des­sa capela, preocupando-se pes­soalmente com a lâmpada do Santíssimo Sacramento.

Outra testemunha recorda que ele se pre­parava com esmero pa­ra a celebração da Eucaristia, a que fazia se­guir sem­pre uma prolongada ação de graças. E o fervor com que ce­le­brava o Sacrifício divino era admirável. De resto, em rela­ção à doutrina jansenista, favoreceu a comunhão fre­qüen­te, manifestando a sua satisfação aos bispos que a promoviam. Enfim, re­comendava pro­fundamente a adoração perpétua, que se ia es­pa­lhando nos vá­­rios países dos continentes euro­peu e ame­rica­no.



Revista Arautos do Evangelho, Agosto/2002