Ao entrar Deus te abençoe. Ao sair Maria te acompanhe!

Bem-aventurados são aqueles que tomam suas cruzes e seguem fielmente a Nosso Senhor Jesus Cristo. Como todo bom cristão, somos contra qualquer tipo de agressão a dignidade humana, contra o aborto, a eutanásia, o homossexualismo, contra a opressão e a selvageria do sistema capitalista e o ateísmo diabólico do comunismo, contra os modernismos infundados e o desprezo da tradição católica. Somos a favor da Doutrina Social da Igreja, obedientes às orientações do Santo Padre Bento XVI e completamente entregues à vontade de Deus, crentes que fora da Santa Igreja Católica Apostólica Romana não há nem haverá meios de salvação!

23 de janeiro de 2013

Oração prodigiosa a Nossa Senhora



Que se pode oferecer nos domingos e dias festivos da Mãe de Deus, em tempo de aflições, por algum aperto espiritual ou temporal, em memoria da Vida, Paixão e Morte do seu santíssimo Filho.

Ó Santa Maria, eterna Virgem das virgens, Mãe de misericórdia, Mãe da graça, esperança e refúgio de todos os aflitos; por aquela espada de dor que atravessou a vossa puríssima alma, quando o vosso filho Jesus Cristo nosso Senhor padeceu o suplício da cruz, e por aquele amor filial que o fez compadecer-se de vossa dor materna e recomendar-vos a seu discípulo João, herdeiro do perfeito amor que ele vos tinha; rogo-vos Senhora, que tenhais de mim compaixão, e me deis remédio na aflição, na enfermidade, na pobreza, na consternação e em outra qualquer necessidade que eu padeça.

Ó refúgio poderoso dos miseráveis, Mãe benigna de misericórdia, promptíssima Libertadora dos degredados filhos de Eva, ouvi os meus rogos, e vede as lágrimas de minha aflição e de minha dor. Eu me vejo oprimido de infelicidade e miséria por causa das minhas culpas, e não tenho a quem recorrer senão a Vós. Ó minha mada Senhora, puríssima Virgem Maria, Mãe do meu Senhor Jesus Cristo, e solícita advogada do gênero humano.

Rogo-vos, pois, pelas misericordiosas entranhas de vosso santíssimo Filho e pela glória que ele teve no tempo de sua aliança com a natureza humana, ao deliberar com o Padre e o Espírito Santo de tomar a nossa carne para nossa salvação; pelo inefável gozo, ó bem-aventurada Virgem, quando depois da Anunciação do anjo e vosso adorável consentimento, o divino Verbo se cobriu de nossa mortalidade no vosso puríssimo ventre, donde passados nove meses, saiu a visitar, instruir e remediar o mundo.

Pela agonia que o vosso Filho teve em seu coração, quando orou a seu Eterno Pai no monte das Oliveiras, pela maternal companhia que vos lhe fizestes em todo o decurso da sua Paixão e Morte; pelas traições, pelos opróbios, pelas injúrias, testemunhos falsos e bárbara sentença de morte, pelas duras cordas que o prenderam, pelos cruéis flagelos com que o açoitaram, e rigorosos espinhos com que o coroaram; pelas lágrimas e suor de sangue que ele derramou; pelos seu silêncio e sofrimentos pelo temor,  pela tristeza e pela agonia de seu coração; pelo sumo pejo que padeceu vendo-se despido no Calvário aos olhos de todo o povo; pelo incompreensível tormento de sua sede sem alívio; pela ferida da lança que lhe penetrou seu lado amorosíssimo; pelos grossos cravos que transpassaram as suas mãos e pés sacrossantos; pela recomendação que ele fez da sua santíssima alma ao seu Pai Eterno; pela benigna misericórdia que usou com o bom ladrão; pela honra de sua Ressurreição; pelas aparições que ele fez aos Apóstolos e Discípulos o espaço de quarenta dias; pela sua gloriosa Ascensão, em que à vossa vista e dos demais fiéis foi elevado ao céu; pela graça do Espírito Santo, que ele derramou nos corações dos Discípulos em forma de línguas de fogo; pelo terrível dia do juízo, em que ele, precedido dum universal incêndio, há de vir julgar os vivos e os mortos.

Pela amorosa compaixão e fidelíssima sociedade, que neste mundo lhe fizestes; pelo gozo inefável de vossa maravilhosa Assunção, quando na presença de vosso mesmo Filho e de toda a Corte celestial fostes sublimada ao Empíreo, e nele coroada de glória e delícias sempiternas; por tudo isto, Senhora, e por tudo o mais que representar-vos posso, vos peço, minha mãe amabilíssima, que ouçais os meus rogos, que concedais e faciliteis a súplica, que agora vos faço com toda humildade e devoção que me é possível (Aqui fará menção da especial rogativa).

E como eu creio, conheço e confesso que o vosso Filho sacrossanto vos atende e honra de tal modo que nada vos nega, nem deixa frustradas as vossas súplicas, espero e confio, minha adorada Senhora, que experimentarei fiel e prontamente, plena e eficazmente, o desejado socorro de vossa maternal consolação, segundo a doçura de vosso coração misericordioso, tudo conforme a benigna clemência de vosso santíssimo Filho. E não só para o feliz despacho daquela especial rogativa com que agora invoco o seu santo nome, e a poderosa virtude de vosso augusto Patrocínio, mas também para que vos digneis impetrar-me uma viva fé, uma esperança firme, uma ardente caridade, uma contrição verdadeira, uma digna e suficiente satisfação, uma diligente vontade para o futuro, um total desprezo do mundo, um intenso amor de Deus e do meu próximo, imitação das dores de vosso amabilíssimo Filho, e ainda a mesma morte quando deva padecê-la por seu respeito: um fiel cumprimento dos meus votos, uma constante perseverança nas boas obras, uma contínua mortificação de meu amor próprio, um verdadeiro arrependimento de todos os meus pecados no fim de minha vida, e, por coroa de tudo, a perpétua e gloriosa bem-aventurança na deliciosa companhia, que lá quisera ter com as almas de meus pais, de meus irmãos e de meus parentes, benfeitores e amigos, assim vivos como defuntos, por todos os séculos dos séculos. Amém.

VILLANUEVA, Padre Eusébio. Devoto Josephino, 5ª edição, Ave Maria, São Paulo - 1935.