Ao entrar Deus te abençoe. Ao sair Maria te acompanhe!

Bem-aventurados são aqueles que tomam suas cruzes e seguem fielmente a Nosso Senhor Jesus Cristo. Como todo bom cristão, somos contra qualquer tipo de agressão a dignidade humana, contra o aborto, a eutanásia, o homossexualismo, contra a opressão e a selvageria do sistema capitalista e o ateísmo diabólico do comunismo, contra os modernismos infundados e o desprezo da tradição católica. Somos a favor da Doutrina Social da Igreja, obedientes às orientações do Santo Padre Bento XVI e completamente entregues à vontade de Deus, crentes que fora da Santa Igreja Católica Apostólica Romana não há nem haverá meios de salvação!

6 de janeiro de 2011

A Epifania e a Adoração dos Reis Magos

A fesda da Epifania - denominada pelos gregos de Teofania, ou seja, manifestação de Deus - é comemorada pela Liturgia juntamente com a Adoração dos Reis Magos ao Menino Jesus.
Nesse acontecimento está contido um público reconhecimento da divindade do Menino Jesus unida à sua humanidade.
O que movia o fundo da alma dos Reis Magos era o desejo de prestar culto de adoração Àquele que acabara de nascer.
A adoração, segundo nos ensina São Tomás de Aquino, o Doutor Angélico, "orienta-se à rever~encia daquele que é adorado". Trata-se de uma virtude especial, chamada religião, à qual "é o próprio prestar reverência a Deus".
Para melhor entendermos, basta dizer que a religião tem seu fundamento em buscar conhecer quem é Deus e o que somos nós; naquilo que Ele nos deu e no que Lhe devemos restituir. Deus é o ser por essência, a Perfeição, o Bem, a Verdade e a Beleza, absoluto e infinito; e nós, pelo contrário, somos criaturas contigentes e portanto dependentes e limitadas: d'Ele recebemos tudo e, em nossa existência, necessitamos da sua sustentação a cada instante.
Se, por assim dizer, no Natal Deus Se manifesta como Homem, na Epifania esse mesmo Homem se revela como Deus. Assim, nestas duas festas, quis Deus que o grande mistério da Encarnação fosse revelado com todo o brilho, tanto aos judeus como aos gentios, dado seu caráter universal.
O significado da moção do Espírito Santo,levando os Reis Magos a Belém,  cifra-se no chamado universal de todas as nações à salvação e à participação nso bens da Redenção.
Se bem que os Profetas houvessem feito provisões sobre a universalidade dessa vocação, os judeus consideravam-na como um privilégio exclusivo do Povo Eleito. É curioso notar como o próprio Senhor em sua vida pública, apesar de elogiar a fé do centurião romano - "Em verdade vos digo: não encontrei semelhante fé em ninguém em Israel" (Mt 8, 10) -, afirma não ter sido enviado pelo Pai senão para cuidar das "ovelhas dispersas da casa de Israel". Ou seja, não quis Ele chamar diretamente a gentilidade; essa tarefa seria reservada aos Apóstolos, em especial a São Paulo. Mas, com décadas de anteced~encia, os Santos Reis simbolizaram junto do berço do Salvador esse grande desejo de nos redimir também a nós todos da gentilidade, confore as palavras da Oração do Dia: "Ó Deus, que hoje revelastes o vosso Filho às nações, guiando-as pela estrela"; e mais claramente no Prefácio: "Revelastes, hoje, o mistério de vosso Filho como luz para iluminar todos os povos no caminho da Salvação".
Se aos Reis Magos Deus os chamou por meio da estrela, a nós Ele chama através da sua Igreja, com sua pregação, doutrina, governo e Litugia.
Logo, a Epifania é a festa que nos convida a agradecer ao Senhor, como também a Lhe implorar a graça de sermos guiados sempre e por toda a parte através da Sua luz celeste, bem como de acolhermos com fé e vivermos com amor todos os dons que a Santa Igreja continuamente nos oferece.

Mons. João Scognamiglio Clá Dias - EP