- Porque nenhuma outra estrela seguiu este caminho, pois esta se movia de norte a sul; tal é a situação da Judeis com relação à Pérsia, donde vieram os Magos;
- Pelo tempo em que aparece, pois não aparecia só de noite, mas também em pleno dia; o que não está no poder de uma estrela, nem mesmo da Lua;
- Porque às vezes aparecia e outras vezes se ocultava; quando entraram em Jerusalém se escondeu, para aparecer depois que deixaram Herodes;
- Porque não tinha um ovimento contínuo: andava quando era preciso que os Magos caminhassem, e se detinha quando eles deviam se deter, como a coluna de nuvem no deserto;
- Porque mostrou o parto da Virgem não só permanecendo no alto, mas também descendo, como diz o Evangelho de Mateus: "A estrela que tinham visto no Oriente ia à sua frente até parar em cima do lugar onde estava o Menino". Daí se deduz claramente que a palavra dos Magos, "vimos sua estrela no Oriente", não deve ser entendida como se, encontrando-se no Oriente, lhes tivesse aparecido uma estrela que estava na Judeia, mas que viram uma estrela situada no Oriente e que os precedeu até a Judeia (embora alguns duvidem disto). Mas não teria podido indicar claramente a casa se não tivesse próximo da terra. E, como diz o mesmo Crisóstomo, isso não parece próprio de uma estrela, mas de "algum poder racional". "Parece, pois, que esta estrela era um poder invisível transformado na aparência de uma estrela".
(Aquino, São Tomás de. Suma Teológica III, q. 36, a. 7 resp)