Foi o imortal Papa Pio X, quem, em breves e luminosas palavras, traçou um programa, visando solucionar o magno problema: "Restaurar tudo em Cristo". Todo esse programa girava em torno de um só ponto: A Sagrada Eucaristia, Sacrifício e sacramento.
Simples era a palavra que devia servir de norma: "Os fiéis não devem rezar durante a Missa e sim, rezar a Missa". O Santo Sacrifício da Missa só será bem compreendido, podendo produzir os melhores e mais abundantes frutos para os fiéis, quando entre estes e o Celebrante existir uma união muito íntima, de modo a permitir entre os mesmos e a Igreja, cujo representante é o sacerdote, a mais perfeita união de pensamentos e preces.
No Santo Sacrifício, mais do que em outra qualquer manifestação de nosso culto a Deus, tem uma plena realização as palavras de Santo Agostinho: "Colimus Deum precando, colit nos Deus miserando". Rendemos culto a Deus, rezando, e Deus cuida de nós, comunicando-nos os tesouros da sua misericórdia. Nossas relações para com Deus são expressas pela Oração e pelo Sacrifício; as relações de Deus para conosco são o exercício de sua misericórdia infinita, instruindo-nos e comunicando-nos a nós. E onde melhor se realizará esse intercâmbio espiritual senão no Santo Sacrifício da Missa? Nele falamos a Deus e Ele nos fala; nele nos oferecemos a Deus em união com o divino Mediador, que é Jesus Cristo, e Ele se une às nossas almas, no Sacramento do amor.
D. Beda Keckeisen, O.S.B.