- 8 de dezembro -
Tota pulcra és! Toda sois formosa, Ó Maria, e em vós não há mácula original". Essa exclamação que a Santa Igreja coloca nos nossos lábios é bem o grito da humanidade inteira, que traz consigo, gravadas na sua carne, as conseqüências funestas do pecado diante da pureza imaculada de Maria a Mãe do Verbo de Deus. Maria traz consigo todas as graças de santidade e fez assim da sua alma, que ilibou do pecado, digna da morada do filho de Deus.
Esta redenção total que assim preservou a Virgem, desde a Conceição, da mancha das conseqüências do pecado de Adão, não deve separar-se da nossa própria redenção. A festa da Imaculada anuncia, no coração do Advento, os esplendores da Encarnação Redentora. A festa que hoje celebramos e que foi instituída por Pio IX, trata-se da confirmação do dogma, que conheceu vários precedentes. Já no
século VIII se celebrava no Oriente a festa da Imaculada Conceição, que vamos encontrar no século IX na Irlanda e no século XI na Inglaterra.
Estas festas são o testemunho do culto tradicional da pureza tão desprezada e ridicularizada na sociedade mundana pós-revolução sexual dos anos 60. Tal devoção deve ser mais que propagada nos dias atuais, em que o pecado e a destruição de valores têm sido motivos de elogios e louvores dos homens "modernos".