Ao entrar Deus te abençoe. Ao sair Maria te acompanhe!

Bem-aventurados são aqueles que tomam suas cruzes e seguem fielmente a Nosso Senhor Jesus Cristo. Como todo bom cristão, somos contra qualquer tipo de agressão a dignidade humana, contra o aborto, a eutanásia, o homossexualismo, contra a opressão e a selvageria do sistema capitalista e o ateísmo diabólico do comunismo, contra os modernismos infundados e o desprezo da tradição católica. Somos a favor da Doutrina Social da Igreja, obedientes às orientações do Santo Padre Bento XVI e completamente entregues à vontade de Deus, crentes que fora da Santa Igreja Católica Apostólica Romana não há nem haverá meios de salvação!

3 de agosto de 2012

O exemplo do Cura d'Ars

O Cura D’Ars era humilíssimo, mas consciente de ser, enquanto padre, um dom imenso para o seu povo: “Um bom pastor segundo o coração de Deus, é o maior tesouro que o bom Deus pode dar a uma paróquia e um dos dons mais preciosos da misericórdia divina”.
Falava do sacerdócio como se não conseguisse alcançar plenamente a grandeza do dom e da tarefa confiados a uma criatura humana: “Oh, como é grande o padre” [...] Se lhe fosse dado compreender-se a si mesmo, morreria. [...] Deus obedece-lhe: ele pronuncia duas palavras e, à sua voz, Nosso Senhor desce do Céu e encerra-Se numa pequena hóstia”.
“Que aproveitaria termos uma casa cheia de ouro, se não houvesse ninguém para abrir a porta? O padre possui a chave dos tesouros celestes: é ele quem abre a porta; é o ecônomo de seus bens [...]. Deixai uma paróquia durante vinte anos sem padre, e lá adorar-se-ão as bestas. [...] O padre não é padre para si mesmo, é o para vós”.
Tinha chegado a Ars, uma pequena aldeia com 230 habitantes, precavido pelo Bispo de que iria encontar uma situação religiosamente precária: “Naquela paróquia não há muito amor de Deus, infundi-lo-eis vós”. Por conseguinte, achava-se plenamete consciente de que devia ir para lá a fim de encarnar a presença de Cristo, testemunhando a Sua ternura salvífica: Meu Deus, “concedei-me a conversão da minha paróquia; aceito sofrer tudo aquilo que quiserdes por todo o tempo da minha vida!”; foi com esta oração que começou a sua missão. E, à conversão da sua paróquia, dedicou-se o Santo Cura com todas as suas energias, pondo no cume de cada uma de suas ideias a formação cristã do povo a ele confiado.
O Cura d’Ars principiou imediatamente um humilde e paciente trabalho de harmonização entre sua vida de ministro e a santidade do ministério que lhe estava sendo confiado, decidindo “habitar”, mesmo materialmente, na sua igreja paroquial: “Logo que chegou, escolheu a igreja por sua habitação. [...] Entrava na igreja antes da aurora e não saía de lá senão à tardia depois do Ângelus. Quando precisavam dele, deviam procurá-lo lá” – lê-se na primeira biografia. [...]
O Santo Cura ensinava os seus paroquianos, sobretudo, com o testemunho de vida. Pelo seu exemplo, os fiéis aprendiam a rezar, detendo-se de bom grado diante do sacrário para uma visita a Jesus-Eucaristia. “Para rezar bem – explicava-lhes -, não há necessidade de falar muito. Sabe-se que Jesus está ali, no Tabernáculo sagrado: abramos-Lhe o nosso coração, alegremo-nos pela Sua presença sagrada. Esta é a melhor oração”. E exortava: “Vinde à Comunhão, meus irmãos, vinde a Jesus. Vinde iver d’Ele para poderdes viver com Ele. É verdade que não sois dignos, mas tendes necessidade!”.
Esta educação dos fiéis para a presença eucarística e para a Comunhão adquiria uma eficácia muito particular, quando o viam celebrar o Santo Sacrifício da Missa. Quem ao mesmo assistia, afirma que “não era possível encontrar uma figura que exprimisse melhor a adoração. [...] Contemplava a Hóstia amorosamente”.
Dizia ele: “todas as boas obras não igualam o valor do Sacrifício da Santa Missa, porque aquelas são obras humanas, enquanto a Missa é obra de Deus”. Estava convencido de que todo o fervor da vida de um padre dependia da Missa: “a causa do relaxamento do sacerdote é porque não presta atenção à Missa” Meu Deus, como é de lamentar um padre que celebra [a Missa] como se fizesse uma coisa ordinária!”. E, ao celebrar, tinha tomada o costume de oferecer sempre também o sacrifício da sua própria vida: “Como faz bem um padre oferecer-se em sacrifício a Deus todas as manhãs!”.

Bento XVI na Carta para a Convocação do Ano Sacerdotal - 2009

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