Um dos maiores desafios foi lidar com os espaços difíceis do monumento romano, estreitamente ligados às vicissitudes do papado, como reforça cada uma de suas alas e apartamentos aos milhares de visitantes. A aposta, porém, foi atingida: o espaço e seu conteúdo se revalorizam reciprocamente na exposição de cerca 130 obras-primas que ilustram o papel dos Pontífices para Roma e o cristianismo nos campos da fé, arte, política e cultura. A única condição imposta por Lolli Ghetti a si mesmo foi limitar a história do papado a apenas sete séculos, a começar pelo Jubileu de 1300.
A exposição se articula em nove seções, que após o primeiro Jubileu de Bonifácio VIII enfrenta o período de Avignon, a posterior restauração do poder papal em Roma, os pontífices humanistas Nicolau V, Paulo II e Sisto IV, e depois a Roma renascentista de Julius II, com Rafael e Michelangelo.
Seguem-se a Contrarreforma de Paulo III Farnese, a grande época do Barroco na qual Roma reafirma urbanisticamente sua dimensão universal, e em seguida as encíclicas históricas dos séculos XVIII e XIX que abriram as portas para o mundo moderno, e o Jubileu do novo milênio.
Entre as obras-primas expostas, está um Rosto de Cristo atribuído a Fra Angelico, um retrato de Sisto IV de Tiziano, um retrato de Clemente VII de Sebastiano del Piombo e um cálice relicário de Benvenuto Cellini.
Fonte: Portal Catolicismo Romano