Ao entrar Deus te abençoe. Ao sair Maria te acompanhe!

Bem-aventurados são aqueles que tomam suas cruzes e seguem fielmente a Nosso Senhor Jesus Cristo. Como todo bom cristão, somos contra qualquer tipo de agressão a dignidade humana, contra o aborto, a eutanásia, o homossexualismo, contra a opressão e a selvageria do sistema capitalista e o ateísmo diabólico do comunismo, contra os modernismos infundados e o desprezo da tradição católica. Somos a favor da Doutrina Social da Igreja, obedientes às orientações do Santo Padre Bento XVI e completamente entregues à vontade de Deus, crentes que fora da Santa Igreja Católica Apostólica Romana não há nem haverá meios de salvação!

11 de fevereiro de 2013

Outrora São Celestino V também renunciou


Pedro Celestino, eremita, fundador e Papa, nasceu em 1221 em Isenia, na província de Apulia. Tendo apenas seis anos de idade, disse à mãe: “Mamãe, quero ser um bom servo de Deus”. Fielmente cumpriu esta palavra, como se fosse uma promessa feita ao Altíssimo. Apenas tinha terminado os estudos, quando se retirou para um ermo, onde viveu dez anos. Decorrido este tempo, ordenou-se em Roma e entrou na Ordem Beneditina. Com licença do Abade, abandonou depois o convento, para continuar a vida de eremita. Como tal, teve o nome de Pedro de Morone, nome tirado do morro de Morone, ao sopé do qual erigira a cela em que morava.

O tempo que passou naquele ermo, foi uma época de grandes lutas, tentações e provações. As perseguições que sofreu do espírito maligno, foram tão pertinazes, que por longos meses deixou de celebrar a Santa Missa, e chegou quase a abandonar a cela. A paz e tranqüilidade voltaram, depois de Pedro ter confessado o estado de sua consciência a um sábio sacerdote.

Em 1251, fundou, com mais dois companheiros, um pequeno convento, perto do morro Majela. A virtude dos monges animou outros a seguir-lhes o exemplo. O número dos religiosos, sob a direção de Pedro, cresceu de mês em mês, tanto, que o superior, por uma inspiração divina, deu uma regra à nova ordem, chamada dos Celestinos. Esta Ordem, reconhecida e aprovada por Leão IX, estendeu-se admiravelmente, e ainda em vida do fundador contava 36 conventos.

Com a morte de Nicolau V, em 1292, ficou a Igreja sem Chefe. Dois anos durou o conclave, sem que os cardeais pudessem reunir os seus votos a um único candidato. Afinal, aos 5 de julho de 1294, contra todas as expectativas, e unicamente à insistência e pressão de Carlos II, rei de Nápolis, saiu eleito Pedro Morone, que fixava residência primeiro em Aquila, e depois em Nápolis. Ao piedoso e santo eremita faltavam por completo as qualidades indispensáveis para governar a Igreja, ainda mais num período tão crítico e difícil. Os Cardeais breve perceberam o erro, quando viram que o eleito, em vez de ouvir os seus conselhos, preferia seguir os do rei e de alguns monges excêntricos, ficando com isto seriamente prejudicados altos interesses da Igreja. O Pontífice por sua vez, reconheceu que estava deslocado, e deu-se pressa em abdicar (13-12-1294). Bonifácio VIII, seu sábio e zeloso sucessor, empregou todos os esforços para pôr cobro às opressões da Igreja pelo poder civil, no que se viu logo hostilizado por muitos Cardeais, que chegaram a declarar não justificada, e sem efeito a abdicação de Celestino, e ilegal a eleição de Bonifácio. Para afastar o perigo de um cisma, este mandou fechar Celestino, até a morte, no castelo Fumone, cercando-o embora de todo o respeito.

Pedro de boa vontade se sujeitou a esta medida coercitiva e passou dez meses, por assim dizer, na prisão.

Por uma graça divina foi conhecedor do dia da sua morte, que predisse com toda exatidão. Tendo recebido os Santos Sacramentos, esperou a morte, deitado no chão. As últimas palavras que disse foram as do Salmo 150: “Todos os espíritos louvem ao Senhor”.

Já em 1313 foi honrado com o título de Santo, pela canonização feita por Clemente V.A Ordem dos Celestinos estendeu-se rapidamente pela Itália, França, Alemanha e Holanda. Estimada pelos príncipes, teve em todos os países uma bela florescência, até à grande catástrofe religiosa na Alemanha e a Revolução Francesa. Na Itália existem ainda poucos conventos da fundação de Pedro Celestino.